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Com embargo da China, abate bovino registra menor patamar dos últimos 18 anos

Com o embargo da China desde o início de setembro, o abate bovino no Brasil registrou o menor patamar dos últimos 18 anos, chegando a 1,9 milhão de cabeças de gado abatidas em outubro no país, segundo um levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Antes do bloqueio, em agosto, o Brasil havia abatido 2.747.383 cabeças de gado, 30,7% mais. De acordo com a Safras & Mercado, consultoria especializada em agronegócio, o setor pecuário já deixou de arrecadar US$ 2 bilhões (ou R$ 11 bilhões na cotação atual) entre setembro e novembro.

O embargo imposto pela China e, que permanece, aconteceu após uma iniciativa pontual do governo de suspender as vendas por conta da ocorrência de dois casos da doença conhecida como mal da vaca louca – doença degenerativa e fatal causada pela ingestão do produto contaminado.

Desde então o Brasil emitiu informações às autoridades sanitárias do país asiático mostrando a natureza isolada dos episódios. Se o ano terminar sem que a barreira seja levantada, a pecuária brasileira poderá perder até US$ 3,2 bilhões (ou R$ 17,7 bilhões na cotação atual), segundo especialistas.

“No terceiro trimestre deste ano, a gente segue a expressiva tendência de diminuição dos abates dos bovinos por conta do problema que tivemos com a China, por conta da doença relacionada ao produto. E ainda não temos expectativa para retorno”, afirmou a gerente de Pecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Angela Lordão.

Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, destaca que a China é responsável pela importação de quase metade de toda a carne que o Brasil envia a outras nações. Segundo um levantamento feito pela consultoria à pedido da CNN, os empresários faturaram US$ 531.591,02 em outubro deste ano. Em agosto, mês anterior ao embargo, o valor arrecadado pelo setor foi de US$ 1.177.267,78.

Levantamento da CNN com base no banco de dados do Serviço de Inspeção Federal (SIF) mostra que cerca de 2,5 milhões de bovinos foram abatidos mensalmente no Brasil durante os primeiros oito meses do ano.

No entanto, a partir de setembro, início do embargo da China, os abates despencaram consideravelmente. Atualmente, mais de 100 mil toneladas de carne estão em estoques brasileiros, enquanto os empresários aguardam uma definição do governo da China.

“É notável que a presença da China na arrecadação de carne bovina é muito importante. E dessa forma, a ausência é muito sentida pelo mercado. Se a gente considerar que outubro teve um resultado pífio, novembro está caminhando na mesma direção. E vamos continuar com a péssima arrecadação até que o embargo seja retirado”, disse Iglesias.

Caso o embargo não seja revogado nos próximos dias, o analista de mercado afirma que esse volume de proteína terá que ser comercializado no mercado interno brasileiro e a tendência é que a queda do preço da carne bovina também puxe para baixo o preço das proteínas suínas e de frango.

Fonte: CNN Brasil

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