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Israel e Hezbollah se acusam de romper o cessar-fogo no Líbano

Pouco mais de 24 horas após o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah entrar em vigor no Líbano, ambas as partes se acusaram, nesta quinta-feira (28), de violação do acordo de trégua.

Israel e o grupo extremista se comprometeram a interromper o conflito por 60 dias e se retirar do Sul do Líbano, onde os confrontos vinham acontecendo. Na manhã desta quinta, tanques israelenses realizaram duas rodadas de disparos na cidade libanesa de Markaba.

O Exército de Israel alegou que reagiu ao descobrir que veículos com suspeitos estavam em “diversas áreas” do Sul do Líbano, o que “constitui uma violação” do acordo de cessar-fogo por parte do Hezbollah.

No fim da noite de quarta-feira (27), Israel impôs um toque de recolher a moradores do Sul do Líbano para poder controlar a possível movimentação de tropas do Hezbollah.

A alegação de Israel de que o grupo extremista rompeu a trégua se baseia em um dos pontos mais questionados do acordo: o de que as forças israelenses podem reagir caso julguem que o grupo extremista segue com operações no Sul do Líbano.

Pelo acordo, as tropas dos dois lados se retirarão gradualmente do Sul do Líbano, a região que faz fronteira com Israel e é reduto do Hezbollah. Agora, tropas do próprio Exército libanês e da ONU serão responsáveis pela segurança da região, com supervisão dos Estados Unidos e da França, que mediaram o acordo.

A guerra no Líbano, que acontece desde setembro, estourou após as tensões aumentarem entre Israel e o Hezbollah, financiado pelo Irã. A ideia do cessar-fogo é dar um fim gradual ao atual conflito, que, segundo o Ministério da Saúde do Líbano, já deixou mais de 3.500 civis mortos, a maioria durante bombardeios de Israel no Sul e na capital Beirute.

Faixa de Gaza

Já na Faixa de Gaza, onde os conflitos não cessaram, Israel bombardeou diversas áreas do território nesta quinta-feira. A ofensiva deixou pelo menos 17 mortos, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.

Os bombardeios aconteceram em Beit Lahiya, no Norte de Gaza, em Khan Younes, no Sul, e no campo de refugiados de Nurseirat.

Fonte: O Sul