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Líder dos caminhoneiros diz que reajuste na tabela do frete é uma farsa e não é cumprida

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou a nova tabela com os valores atualizados dos pisos mínimos do frete de transporte rodoviário de cargas. A alíquota aplicada gerou uma variação de 11% a 14%, conforme os parâmetros envolvidos, como tipo de carga, número de eixos do veículo, distância do deslocamento e as particularidades da operação, que também são consideradas no custo do frete.

Os caminhoneiros vem sofrendo com os constantes reajustes no preço do óleo diesel, que recentemente teve mais um aumento de quase 25% anunciado pelo Petrobrás. O preço do combustível impacta diretamente no orçamento dos motoristas que precisam repassar no custo do frete o valor gasto a mais, no entanto, não é bem assim que acontece.

De acordo com um dos líderes dos caminhoneiros de Passo Fundo, Ângelo Alérico, o reajuste anunciado pela ANTT é uma farsa e não é cumprido pelos embarcadores. O caminhoneiro alega que a tabela só foi reajustada para tentar amenizar o aumento do óleo diesel, que em alguns estados chegou a R$ 2,00 por litro. No entanto, com o diesel a esse valor, a nova tabela do frete não muda o cenário de perda dos motoristas, pois o valor do frete já vinha defasado.

Além disso, Alérico alega que nem todas as empresas cumprem a tabela da ANTT e a Agência não fiscaliza. Desse modo, os motoristas ficam sem um amparo na hora de fechar o transporte. O líder dos caminhoneiros relata ainda outra dificuldade encontrada na estrada pelos motoristas. O preço do óleo diesel não é unificado, e cada estado o combustível é vendido a um valor. Alérico conta que abasteceu na semana passada em Passo Fundo a R$ 6,01. Em São Paulo o diesel custava R$ 6,60 e no Mato Grosso o combustível chega a custar R$ 7,20 o litro.

Desse modo, a tabela do frete não acompanha essa variação, fazendo com que os motoristas tenham custos diferentes conforme o Estado que ele abastece, impactando de forma direta no lucro do trabalhador. Alérico alerta que se o cenário não mudar em pouco tempo, sobrarão poucos caminhoneiros autônomos nas estradas brasileiras.

Fonte: Uirapuru