Lula retira pontos de corte na cabeça após queda
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve na unidade do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, na tarde desta segunda-feira (28), para retirar os cinco pontos do corte sofrido na região da nuca, após um acidente doméstico ocorrido no último dia 19. Lula sofreu uma queda enquanto usava o banheiro, no Palácio do Alvorada, residência oficial. O procedimento, considerado simples, foi confirmado pela assessoria da Presidência da República e durou poucos minutos.
Exames de imagem realizados logo após a queda mostraram uma pequena hemorragia no cérebro do presidente, e a equipe médica recomendou, por precaução, que ele evitasse viagens de longa distância. Na ocasião, Lula cancelou a viagem que faria para participar da Cúpula de Líderes do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, em Kazan, na Rússia. O presidente também teve de cancelar sua ida à Conferência da Biodiversidade (COP160), em Cali, na Colômbia, que seria nesta semana, e, a viagem prevista ao Azerbaijão para participar da COP29, entre os dias 10 e 12 de novembro.
A informação foi confirmada nesta segunda-feira (28) pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. “Cancelou por conta da orientação médica”, disse durante conversa com jornalistas no Palácio da Alvorada, de onde o presidente tem despachado desde que sofreu uma queda. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, vai representar o Brasil no evento.
Na última avaliação médica, feita na sexta-feira (25), o quadro de saúde mostrou-se estável, com a indicação de que o presidente continua apto a exercer sua rotina de trabalho em Brasília. Novas avaliações devem ocorrer nos próximos dias.
Reunião com governadores
Lula está convocando todos os 27 governadores para participarem, na quinta-feira (31) às 15h, de uma reunião para discutir a crise de segurança pública nos Estados. O encontro se dará após o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), ter feito um apelo público para que o presidente ouvisse os governadores.
Na última quinta-feira (24), depois de criminosos terem aberto fogo via pública, em reação a uma operação da Polícia Militar que buscava o chefe do tráfico do Complexo de Israel, conhecido como Peixão, Castro afirmou que, sem a colaboração do governo federal, o combate à violência do Rio de Janeiro não será efetivo.
A ideia da reunião, que vai contar também com a presença do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, é apresentar a PEC da Segurança Pública aos chefes dos Estados. A proposta foi enviada pelo Ministério da Justiça, em junho, ao Palácio do Planalto. Desde então, segue na Casa Civil, por causa de divergências em torno do texto.
Lula planejava fazer um encontro com os governadores há cerca de um mês. No entanto, devido ao alto número de queimadas que ocorriam naquele período, a convocação dos governadores acabou sendo redirecionada para discutir o combate ao fogo. Na ocasião, o presidente não chegou a participar da reunião, que foi comandada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Agora, diante dos últimos episódios de violência no Rio e as frequentes ocorrências de violência em São Paulo, Bahia e Ceará, o Planalto decidiu conversar com os governadores para oferecer ajuda do governo federal aos estados.
A expectativa é de que, além de todos os governadores e do ministro da Justiça, também participem o vice-presidente Geraldo Alckmin o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin, o procurador-geral da República, Paulo Gonet e o advogado-geral da União, Jorge Messias. Também vão estar presentes os ministros da Casa Civil, Rui Costa e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Fonte: O Sul