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Mãe de 1ª viagem? Cor das fezes pode mostrar se bebê tem cólica

As mães de primeira viagem ficam muito inseguras e, geralmente, têm muitas dúvidas sobre se o bebê está ou não doente e o que fazer. Para ajudar vocês, a gastropediatra Mariana Deboni selecionou algumas dúvidas muito comuns e explica porque ocorre e como solucionar.

Constipação intestinal ou prisão de ventre

Mariana explica que o bebê está com prisão de ventre quando há eliminação de fezes com dor ou dificuldade. Geralmente, é acompanhada de maior intervalo entre as evacuações. 

— Na maioria dos casos, não há nenhuma doença no intestino. O que ocorre é que ele passa a funcionar de forma muito lenta. Enquanto a aquisição desse modo exagerado de funcionamento pode ocorrer de forma súbita, a sua correção exige tratamento prolongado com a ajuda de sua pediatra ou gastropediatra.

A especialista dá dicas de que ações podem causar o problema: 

Mudanças na dieta: muito comum quando há a introdução de novos alimentos e troca de leite materno por fórmula.

Infecções febris agudas: nessa fase a criança tende a ficar sem apetite e beber pouca água. Dessa forma, as fezes se tornam mais consistentes.

Retirada das fraldas: quando a retirada é feita de forma precoce, os padrões bizarros de evacuação podem surgir. Lembre-se que não há uma idade mágica para o treinamento. O desfralde é uma conquista da criança.

Mudanças bruscas na rotina: viagem, troca de escola, mudança de casa..

Indisponibilidade de banheiro: cuide para que seu filho tenha sempre acesso a um vaso sanitário limpo. Jamais ensine que usar o banheiro fora de casa é sujo ou ruim. Essas crenças acabam acompanhando a gente por toda a vida. 

Adiamento involuntário da defecação: as crianças se ocupam com suas brincadeiras e não gostam de perder tempo no vaso sanitário. Esse comportamento, que inicialmente é voluntário, rapidamente torna-se inconsciente e pode atrapalhar muito a vida do seu filho.

Dor abdominal crônica

A queixa de dor abdominal na infância é algo muito comum, fala Mariana. 

— Na maioria das vezes, ela é do tipo funcional, ou seja, não é decorrente de nenhuma doença do tudo digestivo. Ela ocorre devido a uma hipersensibilidade individual à estímulos fisiológicos (como a digestão, produção de gases e secreção de enzimas). 

Para que a dor abdominal seja classificada como funcional é preciso observar as seguintes características:

– Ganho adequado de peso e estatura;

– Ausência de sangue ou muco nas fezes;

– Ausência de diarreia;

– Ausência de febre;

– Ausência de anemia;

– Boa disposição para as atividades diárias;

– Ausência de outros sintomas como dor nas juntas, aftas na boca e falta de apetite.

As fezes do recém-nascido

Você já deve ter reparado que as fezes do recém-nascido variam muito durante o dia. Ao nascimento, a primeira evacuação é denominada mecônio, uma espécie de massa pegajosa, preta, que se assemelha a piche. O mecônio deve ser eliminado até 48 horas de vida. 

Em seguida, vêm as evacuações rotineiras que variam do amarelo mostarda até tons variados de verde. A consistência é líquida ou semi-líquida. Esse é considerado o padrão normal, já que o bebê fica a maior parte do tempo deitado, e se as fezes fossem mais concentradas, não seria possível eliminá-las. A coloração verde não é considerada um sinal de cólica, e sim uma variação da normalidade. Significa que o seu bebê tem um trânsito intestinal rápido e eficaz.

Quem tem sede bebe água

Quem convive com crianças já deve ter reparado que é cada vez mais comum o hábito de trocar água por sucos, refrescos, refrigerantes e bebidas à base de soja. E a especialista ressalta que isso é prejudicial à saúde, porque aumenta o risco de cáries e obesidade. Além disso, em grandes quantidades, alteram a aceitação da comida, causam dor abdominal e flatulência. 

— Deixe essas bebidas para a hora do lanche. Após as refeições ofereça água (50 – 100 ml para as crianças pequenas e 200-300 ml para as maiores). Dê preferência ao consumo da fruta in natura em vez do suco ou refresco, já que assim as fibras podem ser ingeridas.

Penico ou vaso sanitário?

A especialista diz que não há diferença. 

— O importante é a aceitação da criança. Se o pequeno preferir usar o vaso sanitário, deve-se estar atento a alguns detalhes. Para que a evacuação se processe de uma maneira eficaz é importante que os pés estejam apoiados e que o vaso sanitário tenha um redutor de assento (à venda em qualquer loja de artigos infantis). Dessa forma, tanto a musculatura abdominal, quanto a pélvica serão utilizadas. Além disso, oferece mais segurança, já que elimina o risco de quedas. O mercado oferece opções para todos os bolsos, não precisa gastar muito para seguir essas dicas.

Fonte: R7