Polícia Federal investiga supostas fraudes na aquisição de medicamentos de alto custo pelo Ministério da Saúde
A PF (Polícia Federal) deflagrou, nesta terça-feira (21), uma operação contra supostas fraudes na compra de medicamentos de alto custo pelo Ministério da Saúde. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em Alagoas, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo.
A suspeita, segundo a PF, é de que um esquema favorecia empresas, o que gerou desabastecimento no estoque da pasta. As fraudes teriam provocado a morte de pelo menos 14 pacientes e prejuízo de R$ 20 milhões.
Entre os alvos da ação, estão o ex-diretor do Departamento de Logística em Saúde da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde Davidson Tolentino e o sócio-presidente da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano.
Outro investigado é o secretário nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional Urbano, Tiago Pontes de Queiroz. Ele também atuou no ministério como diretor de Logística.
Segundo a investigação, os crimes teriam ocorrido entre 2016 e 2018. A PF informou que o abastecimento dos seguintes remédios foram afetados pelo esquema: Aldurazyme, Fabrazyme, Myozyme, Elaprase e Soliris/Eculizumabe.
Os policiais disseram que encontraram indícios de inobservância da legislação administrativa, licitatória e sanitária, além do descumprimento de decisões judiciais dadas a pacientes. Os envolvidos podem responder pelos crimes de fraude à licitação, estelionato, falsidade ideológica, corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e corrupção ativa.
Fonte: O Sul