Preço da carne de aves não deve aumentar no final de ano, avalia Francisco Turra
O final de ano é sinônimo de festas, com a tradição do peru ou ave especial natalina na mesa. No entanto, em um cenário ainda de pandemia, este final do ano novamente será diferente, pelo menos no campo econômico. A paralisação das atividades, forçada pela pandemia, fez disparar o valor dos insumos para alimentar aves e o gado. Paralelo a isso, alguns frigoríficos, como o Languiru, diminuíram a produção em 30%. Tudo isso trouxe redução de oferta da carne, mas a demanda mundial aumentou.
Com custos altos, menos produtos e demanda disparada, o que se viu na prática foi um aumento expressivo de preços da carne nos mercados e açougues. Ao se aproximar do final de ano a população se pergunta se haverá surpresas neste setor da alimentação, com novas altas. Para Francisco Turra, ex-ministro da Agricultura e atual líder o do conselho consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a resposta é não. Conforme ele, somente a disparada no milho, que saltou de R$40 para R$90 na pandemia já trouxe impacto no setor.
No entanto, o Brasil possui carne de gado, suína e de aves a um preço inferior que a maioria dos países. Citando Estados Unidos, por exemplo, Turra explicou que há uma dificuldade em ter este produto e a população paga mais. No entanto, em sua análise não haverá aumento de preços no que diz respeito a carne de aves, por exemplo. Citando este tipo de carne em especial, onde se encontra o peru e as aves natalinas, que são mais caras que o frango, Turra explicou que o país tem só duas empresas produtoras: A JBS e a BRF. Há uma dificuldade em atrair interessados neste tipo de produção, o que contribui para o valor.
Fonte: Uirapuru