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Voo com 211 deportados dos EUA chega ao Brasil; quase metade é menor de idade

Um voo com 211 brasileiros deportados dos Estados Unidos, vindo do Arizona, chegou às 13h27min desta quarta-feira (26) no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Região Metropolitana de Minas Gerais. Dentre eles, 90 menores de idade, incluindo crianças de até 10 anos.

É o maior número de deportados em um único voo com destino a Confins desde 2019, segundo a BH Airport, concessionária que administra o terminal.

Uma equipe da PF (Polícia Federal), além de seis comissários da unidade da Infância e Juventude de Pedro Leopoldo e 12 de Belo Horizonte, receberam os passageiros para verificar se as crianças pertencem a falsas famílias. Todas passaram por uma triagem para comprovar paternidade e maternidade.

Se as crianças e os adolescentes não pertenceram às famílias que chegarem, os comissários vão procurar as famílias de origem, já que o caso se tornaria tráfico de menores.

A PF apura “como essas crianças saíram do território brasileiro”, e que vai verificar “as condições às quais os menores foram submetidos durante esse processo”.

Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores, por meio das repartições consulares brasileiras nos Estados Unidos, presta toda a assistência consular cabível aos cidadãos brasileiros detidos naquele país. “O governo brasileiro foi notificado do voo e acompanha com atenção seus desdobramentos. A realização de tais voos tem como objetivo primário reduzir, para os cidadãos brasileiros, o tempo de permanência em centros de detenção nos Estados Unidos”, divulgou em nota.

“O processo de deportação ocorre integralmente sob as leis e a jurisdição soberana dos Estados Unidos. Do lado brasileiro, o tema é de competência da Polícia Federal, órgão ao qual perguntas específicas sobre o assunto deverão ser encaminhadas”, completou.

51º voo com deportados

Este é o 51º voo com deportados que chega ao País. Ao todo, 3.831 brasileiros foram expulsos por tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos. A chegada do primeiro voo, em 2019, marcou a retomada de uma medida que não era aceita pelo Brasil desde 2006, quando o Itamaraty alterou a política de trato de brasileiros no exterior.

Fonte: O Sul