De olho no G6, Inter recebe a Chapecoense no reencontro dos colorados com o Beira-Rio
Há um ano e oito meses, as arquibancadas do Beira-Rio estão vazias. Desde que o futebol foi retomado, os jogadores atuam no estádio colorado sozinhos diante do adversário. Nem a música que vem dos alto-falantes, reproduzindo os cânticos dos torcedores, nem as bandeiras vermelhas espalhadas sobre as cadeiras vazias e nem o solitário Saci, mascote do clube que pula mesmo sem companhia, foram capazes de aplacar essa saudade. Neste domingo, será diferente. A partir das 11h, 15 mil colorados terão o privilégio de participar do reencontro do time com sua torcida, que presenciará Inter x Chapecoense, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro.
A última vez que o time colorado atuou com torcida em seu estádio foi em 8 de março de 2020, pelo Gauchão, quando venceu o Brasil de Pelotas por 2 a 0. Até a noite de quinta, cerca de 11 mil colorados (todos sócios) já haviam reservado um lugar no estádio. A expectativa é que os 15 mil lugares – capacidade máxima do Beira-Rio por imposição dos protocolos de prevenção à Covid-19 – estejam ocupados. O Inter, inclusive, pede atenção aos torcedores quanto aos cuidados necessários, entre os quais o uso de máscaras e a manutenção dos distanciamentos.
De qualquer forma, o ambiente é de expectativa. Diego Aguirre viveu grandes momentos no Beira-Rio, tanto como atleta, quando jogou pelo clube entre 1988 e 1989, quanto como técnico, em sua passagem anterior. Em 2015, ele liderou o Inter até a semifinal da Libertadores da América, além de ter sido campeão gaúcho. Agora, ele não esconde a ansiedade por esse reencontro e diz que o domingo será “um dia especial”.
“A volta da torcida é uma coisa muito boa. Estou com saudade dela. Lembro de coisas maravilhosas que vivemos juntos em 2015 e agora, com o meu retorno, está faltando isso. Quero que os torcedores estejam com a gente, brigando junto como sempre, e seguramente o time vai ter uma boa resposta. Os jogadores vão dar tudo de si para presentearem o torcedor com uma vitória”, afirmou o técnico, que completou: “Vai ser um dia especial. Temos que estar tranquilos e fazer um bom jogo para somar em casa. Tomara que seja uma festa”, afirmou o técnico, após o empate com o Ceará, quarta-feira, em Fortaleza.
Necessidade de pontuar. Além da importância simbólica da partida, há uma forte razão prática para o comparecimento do torcedor. O Inter precisa dos três pontos para erguer-se na tabela do Brasileirão, após duas rodadas sem vencer (derrota para o Atlético Mineiro e empate contra o Ceará). A Chapecoense, em tese, não deveria impor tantas dificuldades, pois caminha a passos céleres rumo à Série B.
O técnico Pintado, que assumiu em agosto, após a queda de Jair Ventura, não poderá contar com o goleiro Keiller, que pertence ao Inter. Por outro lado, deve ter os retornos do zagueiro Joílson, do volante Anderson Leite e do meia Felipe Baxola, em fase final de recuperação. Após a partida contra o Atlético Mineiro, na qual a Chape liderou o placar e por pouco não venceu, empatando em 2 a 2, Pintado disse que ficou orgulhoso e que a sua equipe “merece respeito”, apesar de ter apenas uma vitória.
fonte: Correio do Povo