Portugal prevê novas restrições após aumento de casos de coronavírus
Portugal, que lidera a lista de países com maiores índices de vacinação do mundo contra a Covid-19, prevê novas restrições para enfrentar um agravamento da epidemia, caracterizado por um aumento das hospitalizações e do número de casos.
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu na terça-feira (16) o retorno do uso obrigatório da máscara em espaços abertos. “Parece óbvio”, declarou aos jornalistas durante um evento em Lisboa.
A medida, instaurada em outubro de 2020, foi suspensa em 13 de setembro. O uso de máscara continua sendo recomendável em caso de reunião ou quando é impossível respeitar o distanciamento social.
O primeiro-ministro do país, o socialista António Costa, também sugeriu na terça-feira que o país poderia restabelecer algumas medidas restritivas devido ao aumento de casos na Europa, em particular com a aproximação das festas de fim de ano.
Assim como o número de novas contaminações diárias, que atingiu o pico de 1.816 no sábado, as hospitalizações também aumentaram no país. Na terça-feira, Portugal tinha 486 pessoas internadas por Covid-19, incluindo 80 em UTIs.
“Temos que agir agora (…) Quanto mais tarde, mais riscos”, advertiu Costa, ao mesmo tempo que descartou a possibilidade de impor novamente o estado de emergência, que permaneceu em vigor por quase seis meses, entre novembro de 2020 e abril de 2021.
Este regime excepcional permitiu a adoção de medidas para restringir certas liberdades, como o confinamento imposto no início do ano, quando o país estava entre os mais afetados pela pandemia.
“Portugal ainda está muito longe do que acontece em outras partes da Europa”, destacou o primeiro-ministro, antes de acrescentar, no entanto, que acompanha de perto a evolução da situação no restante do continente.
O governo tomará decisões após uma reunião com especialistas, programada para sexta-feira. As autoridades mantêm o estímulo para que as pessoas com mais de 65 anos recebam a dose de reforço da vacina contra o coronavírus.
Pouco mais de 86% da população está completamente vacinada. Com 10 milhões de habitantes, Portugal registrou mais de 1,1 milhão de casos e 18.274 mortes desde o início da pandemia.
Fonte: O Sul